Forte Nossa Senhora Dos Remédios em Fernando de Noronha
Forte Nossa Senhora Dos Remédios em Fernando de Noronha

Forte Nossa Senhora Dos Remédios em Fernando de Noronha: Segredos Históricos Revelados

O Forte de Nossa Senhora dos Remédios de Fernando de Noronha, localizado ao norte da ilha de Fernando de Noronha, no Estado de Pernambuco, Brasil, é uma estrutura imponente que desempenhou um papel fundamental na defesa da ilha e do arquipélago. Erguido sobre ruínas de uma antiga posição neerlandesa, o forte teve sua construção iniciada em meados do século XVIII, passando por obras de ampliação ao longo dos anos.

Com uma área de 6.300 metros quadrados e erguendo-se a 45 metros acima do nível do mar, o Forte dos Remédios conta com seis baterias, diversas edificações de serviço e uma planta poligonal orgânica adaptada ao terreno. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o conjunto já abrigou presos comuns, políticos e militares ao longo de sua história, sendo palco de diferentes intervenções e restaurações ao longo dos séculos.

Uma estrutura defensiva histórica ao norte de Fernando de Noronha

O Forte de Nossa Senhora dos Remédios de Fernando de Noronha

Coordenadas: 03º 50′ 18″ S 032º 24′ 37″ WO Forte de Nossa Senhora dos Remédios de Fernando de Noronha localiza-se ao norte da ilha de Fernando de Noronha, no arquipélago de mesmo nome, no estado de Pernambuco, no Brasil. Em posição dominante sobre o ancoradouro na baía de Santo Antônio, constituiu-se na principal estrutura de defesa da ilha e do arquipélago. Esta fortificação foi erguida sobre as ruínas de uma antiga posição neerlandesa (GARRIDO, 1940:56), remontando às vésperas da segunda das Invasões holandesas do Brasil, abandonada após a capitulação do Campo do Taborda (Recife) em 1654 (ver Fortificações na Ilha de Fernando de Noronha). Dessa primitiva estrutura existe planta (“Planta da fortaleza velha de Fernando de Noronha”, s.d.. Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa) (IRIA, 1966:64).

Ampliações e detalhes arquitetônicos do Forte ao longo dos séculos

Esta estrutura sofreu obras de ampliação a partir de 1741, quando passou a contar com seis baterias. Em seu terrapleno distribuíam-se os edifícios do Quartel de Comando, Quartel da Tropa, Corpo da Guarda, Arrecadação, Casa da Pólvora e Cisterna. Ao abrigo das muralhas, distribuíam-se os calabouços, subterrâneos. O conjunto era acessado por um portão monumental, de cantaria (GARRIDO, 1940:56). Encontrava-se guarnecida, à época, por um Capitão e trinta e dois praças, e artilhada com seis peças de diferentes calibres (BARRETTO, 1958:127). Estas obras encontram-se indicadas em plantas posterior, sem data, onde já figura a torre circular que atualmente domina o conjunto (“Fortaleza de N. Sra. dos Remédios. Escala de 200p”. in: Manuscritos do Brasil, nº 43, f. 633. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa).

O Forte de Nossa Senhora dos Remédios e sua importância estratégica

O Forte de Nossa Senhora dos Remédios e sua importância estratégica

Coordenadas: 03º 50′ 18″ S 032º 24′ 37″ WO Forte de Nossa Senhora dos Remédios de Fernando de Noronha localiza-se ao norte da ilha de Fernando de Noronha, no arquipélago de mesmo nome, no estado de Pernambuco, no Brasil. Em posição dominante sobre o ancoradouro na baía de Santo Antônio, constituiu-se na principal estrutura de defesa da ilha e do arquipélago.

Esta fortificação foi erguida sobre as ruínas de uma antiga posição neerlandesa, remontando às vésperas da segunda das Invasões holandesas do Brasil, abandonada após a capitulação do Campo do Taborda (Recife) em 1654. A ilha foi ocupada por forças da Companhia Francesa das Índias Ocidentais em fins de 1736, desalojadas por tropas portuguesas no ano seguinte. Sobre os remanescentes da antiga posição neerlandesa, estas tropas iniciaram a construção do chamado Forte dos Remédios, com projeto do Engenheiro militar Diogo da Silveira Veloso, sob a direção do Tenente-coronel João Lobo de Lacerda.

Esta estrutura sofreu obras de ampliação a partir de 1741, quando passou a contar com seis baterias. Em seu terrapleno distribuíam-se os edifícios do Quartel de Comando, Quartel da Tropa, Corpo da Guarda, Arrecadação, Casa da Pólvora e Cisterna. O conjunto era acessado por um portão monumental, de cantaria. Encontrava-se guarnecida, à época, por um Capitão e trinta e dois praças, e artilhada com seis peças de diferentes calibres. Estas obras encontram-se indicadas em plantas posteriores, onde já figura a torre circular que atualmente domina o conjunto.

O Forte dos Remédios foi complementado pelo Reduto de Nossa Senhora da Conceição de Fernando de Noronha, que lhe era oposto na enseada, e com quem cruzava fogos. O conjunto foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1937 e ao longo dos anos passou por reparos, ampliações e restauros. Durante a Segunda Guerra Mundial voltou a abrigar guarnição militar.

Em 1987 foi realizado um levantamento arquitetônico da fortaleza, com planta baixa e cortes, dentro do escopo do projeto “Atlas Arqueológico de Fernando de Noronha”. O Forte de Nossa Senhora dos Remédios possui uma área de 6.300 metros quadrados, erguendo-se a 45 metros acima do nível do mar, e conta com edificações como Casa do Comandante, Quartel da Tropa, Corpo da Guarda, Casa da Palamenta, capela, calabouços e cisterna.

Ampliações e detalhes arquitetônicos do Forte ao longo dos séculos

Construção do Forte dos Remédios

O Forte dos Remédios foi construído sobre as ruínas de uma antiga posição neerlandesa, iniciando-se em 1737 sob o comando do Tenente-coronel João Lobo de Lacerda. O projeto foi desenvolvido pelo Engenheiro militar Diogo da Silveira Veloso, resultando em uma estrutura de alvenaria de pedra e cal, com um polígono irregular orgânico com quatorze ângulos, baterias corridas e quatro edificações centrais.

Ampliações e melhorias

A partir de 1741, o Forte dos Remédios passou por obras de ampliação, aumentando para seis baterias. Foram adicionados edifícios como o Quartel de Comando, Quartel da Tropa, Corpo da Guarda, Arrecadação, Casa da Pólvora, Cisterna e calabouços subterrâneos. O acesso ao conjunto era feito por um portão monumental de cantaria.

Reparos e ampliações posteriores

No período do Primeiro Reinado, o forte passou por reparos sob a direção do Capitão João Blasin em 1826. Durante o Segundo Reinado, entre 1858 e 1859, foram realizadas novas ampliações. Em 1885, o conjunto foi artilhado com dezoito canhões antecarga raiados La Hitte, calibre 12, que permaneceram até a Primeira Guerra Mundial em 1915.

Preservação e reconhecimento

O Forte dos Remédios foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1937. Ao longo dos anos, abrigou presos comuns, políticos e serviu como guarnição militar durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1975, foi homenageado com a emissão de um selo postal e, no final do século XX, passou por intervenções de restauro, incluindo uma nova iluminação financiada pela iniciativa privada. Em 1987, um levantamento arquitetônico foi realizado, documentando a planta baixa e cortes da fortaleza.

Características atuais

O conjunto do Forte dos Remédios possui uma área de 6.300 metros quadrados e está localizado a 45 metros acima do nível do mar. Sua planta poligonal orgânica foi adaptada ao terreno e ainda conserva edificações históricas como a Casa do Comandante, Quartel da Tropa, Corpo da Guarda, Casa da Palamenta, capela, calabouços e cisterna.